- Thalles, vem fechar o portão – ordenou meu pai.
Eu e o Felipe acompanhamos meus pais e a Laura até o portão.
- comportem-se meninos. Thalles, qualquer coisa me liga.
- ta bom mãe.
Após saírem, tranquei o portão. Olhei para trás e vi Felipe com um sorrisinho malicioso no rosto.
- então quer dizer que estamos sozinhos? – dizia ele já com malicia.
-vai com calma Cowboy.
Entramos em casa e fomos direto para o meu quarto. Coloquei uma musica no PC e sentamos na cama para conversar.
-Lipe, por que você não me disse que a sua mãe era a sócia da minha?
- por que eu não sabia. Eu disse que vinha na sua casa que era aqui perto. Ela me ofereceu carona dizendo que viria pra essa região. Quando eu disse que era aqui a sua casa ela disse que era aqui a casa da sócia dela. Ai que fui descobrir.
- meu Deus que coincidência.
- mas diz ai, gostou da sua sogra?
- Sogra? - Fiquei mais branco do que eu já só na hora – como assim?
Felipe, agora envergonhado e olhando para baixo dizia.
- ah, achei que depois, você sabe, do beijo de ontem, nos poderíamos namorar.
- Lipe, eu gosto de você. Gostei muito daquele beijo.
Antes mesmo de eu continuar a falar, Felipe me roubou outro beijo. Dessa vez o beijo foi mais demorado, mais intenso e confesso, muito mais gostoso do que os beijos da Yasmin. Nossas línguas se encontravam e às vezes eu mordiscava os seus lábios, fazendo-o soltar vários suspiros. Como era maravilhoso aquele beijo. Depois de um tempo se beijando, paramos e começamos a olhar um ao outro. Pelo brilho do seu olhar, eu pude perceber que para ele, aquele beijo foi incrível também.

Sábado de manhã, acordei as 07h00min. Eu estava alegre e muito feliz. Acordei pensando no Felipe e no selinho roubado que ele me deu ontem. Levantei e fui tomar o meu banho matinal, depois coloquei uma bermuda e uma regata e fui tomar café. Meu pai que ainda não tinha saído pro trabalho, logo estranhou.
- de pé a essa hora?
-sim pai, quero aproveitar mais o meu dia.
- seus amigos vêm hoje?
- não sei talvez o Lipe. Mãe, você vai sair?
- sim, to esperando a Laura vir aqui pra irmos juntas na loja. Volto depois do almoço. Tem comida na geladeira, só esquentar.
Ao servir meu suco de laranja, escuto o interfone tocar, sai correndo pra ver quem era com a esperança de ser o Felipe. Meu coração disparou ao ouvir a voz dele, abri o portão e pedi para que ele entrasse.
- quem é filho?
- Lipe pai.
-chegou cedo pro café da manhã.
- Arthur, deixa o guri...
- to só brincando mulher.
Deixei os dois conversando e fui recepcionar o Felipe na porta da sala. Para a minha surpresa, ele estava acompanhado com uma linda mulher, aparentando uns 40 anos com corpão de 30. Logo notei que era a sua mãe, pois havia muitas semelhanças entre os dois. Ela é alta, branca, de cabelos pretos e olhos azuis. Muito bonita ela.
- Thalles, essa é a minha mãe, Laura.
Estendi a minha mão e a cumprimentei.
- Prazer Thalles. Você não me disse que tinha uma mãe muito bonita Lipe. Perai. A senhora não é a sócia da minha mãe?
- sou sim, tudo bom? Você também é muito bonito. A Cecília ta ai?
- ta sim. Entrem.
Andamos em direção a cozinha e logo avisei a minha mãe a presença da Laura.
- mãe, olha que ta aqui.
- Oi Laura, tudo bom? Toma café com a gente?
- não, já tomei em casa. Obrigada.
- mãe, a senhora sabia que ela é mãe do Lipe?
- eu sabia que ela tem dois filhos, mas não sabia que era o Felipe. E o seu outro filho Laura, não quis vir aqui ficar com os meninos?
- o Lucas resolveu dormir ate mais tarde.
- bom, o papo aqui ta bom, mas eu preciso ir trabalhar.
- também estamos indo Arthur. Vamos Laura?
- vamos sim.

- Thalles, vem fechar o portão – ordenou meu pai.
Eu e o Felipe acompanhamos meus pais e a Laura até o portão.
- comportem-se meninos. Thalles, qualquer coisa me liga.
- ta bom mãe.
Após saírem, tranquei o portão. Olhei para trás e vi Felipe com um sorrisinho malicioso no rosto.
- então quer dizer que estamos sozinhos? – dizia ele já com malicia.
-vai com calma Cowboy.
Entramos em casa e fomos direto para o meu quarto. Coloquei uma musica no PC e sentamos na cama para conversar.
-Lipe, por que você não me disse que a sua mãe era a sócia da minha?
- por que eu não sabia. Eu disse que vinha na sua casa que era aqui perto. Ela me ofereceu carona dizendo que viria pra essa região. Quando eu disse que era aqui a sua casa ela disse que era aqui a casa da sócia dela. Ai que fui descobrir.
- meu Deus que coincidência.
- mas diz ai, gostou da sua sogra?
- Sogra? - Fiquei mais branco do que eu já só na hora – como assim?
Felipe, agora envergonhado e olhando para baixo dizia.
- ah, achei que depois, você sabe, do beijo de ontem, nos poderíamos namorar.
- Lipe, eu gosto de você. Gostei muito daquele beijo.
Antes mesmo de eu continuar a falar, Felipe me roubou outro beijo. Dessa vez o beijo foi mais demorado, mais intenso e confesso, muito mais gostoso do que os beijos da Yasmin. Nossas línguas se encontravam e às vezes eu mordiscava os seus lábios, fazendo-o soltar vários suspiros. Como era maravilhoso aquele beijo. Depois de um tempo se beijando, paramos e começamos a olhar um ao outro. Pelo brilho do seu olhar, eu pude perceber que para ele, aquele beijo foi incrível também.

- o que você dizia Thalles?
- que esse foi o melhor beijo da minha vida.
- tem muito mais da onde saiu esse, é só você querer gatinho.
- Lipe, eu estou gostando muito de você, só não estou preparado ainda para namorar.
- relaxa Thalles, ninguém precisa ficar sabendo por enquanto. Nós só vamos namorar escondido. Ou você não quer?
- me da um tempo para pensar?
- entendo então você não gosta de mim, assim como eu gosto de você né?
- isso responde a sua pergunta?
Sem pensar, puxei-o e comecei a beijá-lo. Claro que ele estava surpreso com a minha atitude, eu também estava, mas no momento era aquilo que eu queria: sentir os lábios dele tocando os meus. Como beijar ele é tão bom.
- eu quero muito você Lipe. Só te peço paciência comigo gatinho.
- tudo bem Thalles, eu sei esperar.
Passamos o dia inteiro se beijando e conversando. Quanto mais tempo eu passava com ele, mais eu me apaixonava por ele. No final da tarde as nossas mães chegaram e ele foi embora com a mãe dele, mas passamos a noite conversando pelo MSN.
No domingo não podíamos nos encontrar, mas meu celular a cada dez minutos anunciava uma nova mensagem dele.
Na segunda, nos encontramos no colégio. Como era difícil olhar para o Felipe e não poder beijá-lo. Sentia pelo seu olhar que ele sentia o mesmo. No intervalo, estávamos reunidos na lanchonete do colégio, quando vejo um rapaz se aproximar e chamar o Felipe.
-Lipe, paga um refri pra mim?
Como em um coro, as gêmeas logo cumprimentaram o rapaz.
- Raffa. Como você está?
- oi meninas, eu estou ótimo e com muita saudade de vocês.
O rapaz cumprimentou o Jefferson e o Vinicius e depois olhou para mim. Felipe fez as apresentações.

- esse é o Thalles, grande amigo nosso, ta estudando com a gente. E Thalles, esse é o Raffael, amigão nosso, estudou com a gente bastante tempo. – nos cumprimentamos e Felipe continuou. – e você, por que sumiu Raffa?
- tava viajando com o meu pai Lipe. Mas agora estou aqui de novo, pena que não ficamos na mesma sala.

- a Velho, pede transferência. Nossa sala não tem muita gente mesmo. – sugeriu Vinicius.
- eu tentei mano, mas me disseram que não era possível, mas pediram pra mim aguardar alguns dias e tentar de novo.
Ficamos conversando um pouco e o Raffa pareceu ser uma pessoa legal. Brincalhão e extrovertido, mostrou que ninguém consegue ficar perto dele triste e desanimado. Ele realmente era a alegria do grupo. Depois de um tempo conversando, o sinal toca e todos vão para a sala, no caminho o Raffa da Idéia de fazer uma festa na casa dele na terça de carnaval que seria na próxima semana, claro que todos apoiaram.
A aula ocorreu bem, após o termino, nos despedimos e fui para o carro onde a minha mãe já aguardava. Chegamos em casa e minha mãe foi apresentar a Maria, nossa nova empregada. Conversei um pouco com a Maria enquanto ela terminava de arrumar as coisas pro nosso almoço. Almoçamos normal e o dia passou rápido, assim como a semana toda também passou.
Chegou o sábado. A loja da minha mãe e da mãe do Felipe ia inaugurar aquela noite, e por conta dos preparativos ela ia passar quase o dia inteiro fora. Acordei as nove da manhã e desci para tomar café. A Maria que já havia percebido que eu estava me aproximando, parou de lavar louça e foi ate a geladeira pegar o meu suco.
- bom dia senhor Thalles.
- bom dia Maria. Maria, pode me chamar só de Thalles.
- ta bom Thalles, quer mais alguma coisa?
- pode deixar, eu faço o resto. – ouvi um barulho de alguém tomando banho de piscina em casa. – tem alguém na piscina Maria?
- tem sim, meu filho Thiago, ele resolveu me acompanhar hoje. A uns dias ele vem dizendo que queria conhecer meu serviço, e como eu comentei que minha patroa tinha um filho, ele quis conhecer também. Sua mãe disse que ele podia tomar banho de piscina. Tudo bem né?

- claro. Ele pode ficar a vontade. Vou terminar de tomar meu café e quem sabe ate me animo também a tomar banho de piscina e faço companhia pra ele.
Tomei o meu café e fui até a área de lazer para conhecer o filho da Maria. Eu pensava que ele era uma criança ou um garoto mais novo, mas me surpreendi quando vi que aquele garoto devia ter a minha idade. Não vou negar que ele era lindo, um corpo escultural e perfeito. Ao me olhar, ele ficou com vergonha e foi se desculpando.
- desculpa, eu só tava tomando um pouco banho de piscina, mas já estou saindo.
- não precisa não, ta de boas. Meu nome é Thalles.
- opa, Thiago.
- fica a vontade ai, daqui a pouco eu vou descer pra tomar banho de piscina também.
- beleza, eu vou ficar por aqui.
Subi ate o meu quarto e liguei para o Felipe, eu já estava com saudades dele.
- oi Lipe, te acordei?
- não gatinho, acordei mais cedo hoje. Eu e meu irmão estamos dando uma geral na casa, a empregada ta doente e não veio ontem e nem hoje.
- então você não vai vir aqui hoje?
- não vai da Thalles, a tarde eu ainda tenho q sair com o meu irmão. Vamos comprar roupas novas pra inauguração hoje. Nos vemos lá?
- claro, não perco esse evento por nada. Lipe, lá eu queria te pedir uma coisa.
- o que?
- a noite conversamos. Beijos
- ta bom. Beijos.

Coloquei a minha sunga e fui tomar banho de piscina com o Thiago. Passamos a manhã inteira banhando e conversando. Thiago é ate interessante, gostava de conversar com ele. Eu não podia parar de reparar na beleza dele e no corpo bem definido dele. Mesmo assim, a imagem do Felipe não saia da minha cabeça. Esse sim realmente soube me dominar. Depois de um tempo ali, conversando, percebi que o Thiago me olhava de um jeito estranho. Pensei varias vezes que ele podia ter notado que eu o observava de um jeito diferente ou desconfiado de algo. Impressionante como nós ficamos paranóicos com essa desconfiança quando começamos a ficar com uma pessoa do mesmo sexo. Na nossa cabeça, parece que todos a nossa volta desconfiam. Antes de eu poder tirar a minha duvida em relação aos olhares do Thiago, a Maria surge na área de lazer o chamando para ir embora. Aos sábados ela trabalha somente até o meio dia.
Os dois foram embora e eu fui para o meu quarto. Larguei a toalha molhada no canto do quarto e fui para o meu banheiro tomar outro banho. Terminei, desci para almoçar. Quando eu estava terminando de almoçar, minha mãe chega toda alegre comentando os preparativos e como seria a noite. Conversamos um pouco e depois fui para o meu quarto e dormi quase a tarde inteira. Quando acordei, vi no meu celular sete mensagens do Felipe, cinco era ele curioso pra saber o que eu queria e duas dizendo que estava com saudades de mim.
Já era quase seis da tarde e eu resolvi tomar banho e me arrumar. A loja ia inaugurar as sete da noite e nos deveríamos estar la antes de ela inaugurar. Vesti uma calça jeans, uma camiseta gola V branca e um tênis. Tomei banho de perfume egeo – o meu favorito – e desci para encontrar meu pai que já estava na sala me esperando.
- eita, vai casar?
- quem sabe né pai. – revirei os meus olhos e arranquei sorrisos dele.
- vamos logo seu bobo, não quero me atrasar.
- cadê a mãe?
- já foi na frente com a Laura. Precisavam ir antes.

Saímos de casa e depois de vinte minutos chegamos à loja. Faltavam quinze minutos para a inauguração e já havia muita gente na frente esperando ela abrir. A loja é de roupas. Então, a maioria do publico alvo eram mulheres e havia muitos jornalistas para cobrir o evento. Sem duvida a loja seria um sucesso. Ao entrar, cumprimentamos a minha mãe e a Laura, e depois dei um longo abraço no Felipe, arrancando risos do irmão dele.
- o que você ta rindo pirralho? – disse Felipe em um tom bravo
- que cena mais gay.
- ah Lipe, isso é ciúmes. – pra não dar muito na cara, abracei o irmão dele também, arrancando risos dos nossos pais e do Felipe.
A inauguração ocorreu bem e a festa continuou. No meio da festa, eu chamei o Felipe para ir comigo a um lugar mais afastado. Saímos dali e fomos para uma pracinha que ficava ali perto e estava pouca iluminada e vazia. Felipe estava mais lindo ainda do que nos outros dias, ele estava de calça jeans e camiseta pólo vermelha que lhe caia muito bem. Realçava a sua beleza. Mas o que mais me encantava nele era o seu sorriso. Como um simples sorriso dele tinha o poder de me dar uma sensação incrível e me deixava cada vez mais apaixonado por ele. Chegando à pracinha, ele me deu um selinho rápido e sorriu mais uma vez pra mim.

- então Thalles, o que foi?
- calma ta com pressa? Não quer conversar comigo um pouco longe daquela bagunça?
- sim, claro. – ele já havia percebido que eu queria algo. – mas eu to curioso sobre aquele assunto. O que era?
- curte o momento rapaz.
Ficamos um tempo sentados em um banco e olhando um para o outro em silencio. Depois de um tempo, resolvi falar algo.
-Lipe, eu queria te pedir algo.
- sim, pode pedir.
- quer namorar comigo?
Felipe se surpreendeu com a minha pergunta, mas o espanto foi substituído por uma alegria incrível e radiante, que ele não se preocupava em esconder.
- claro que sim Thalles, é tudo o que eu mais quero.
Sem dizer mais nada começamos um novo e longo beijo. Esquecemos por um momento onde estávamos e do perigo que corríamos ali nos beijando. As poucas pessoas que passavam por nós, nos olhavam feio, mas como estávamos felizes demais, não nos preocupamos e continuamos nos beijando, mas uma voz conhecida nos assustou e nos separamos rapidamente.
- Felipe, o que é isso?




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