FINAL DO CAPITULO ANTERIOR...

Sai quase correndo da sala, apenas pro meu pai não me fazer
mais perguntas. Quando cheguei no meu quarto, deparo com o Felipe sentado em
frente a mesinha mexendo n o notebook dele.

Eu> Felipe?!

Felipe> Oi Thalles, beleza?

Eu> sim. O que ta fazendo aqui?

Felipe> vou morar aqui com vocês.





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CONTINUANDO...

Eu> morar aqui?! – pergunto com um certo espanto

Felipe>kkkkk  provisoriamente. Vou passar uns dias aqui.

Eu> por que?

Felipe> meu avô que mora no Chile está muito mal de saúde e minha mãe teve que ir urgente pra lá pra cuidar dele. Como não posso faltar muito na escola, minha mãe perguntou a sua mãe se eu podia ficar aqui na sua casa por esses dias que ela está pra lá.

Eu> entendi.

Felipe> ai vou ficar aqui até ela voltar. Como o quarto de hospedes ta sendo usado pelo Eduardo, sua mãe disse que eu podia ficar aqui no seu quarto e ate colocou um colchão ali. Tem alguém problema?

Eu> Não, claro que não. Fica a vontade ai. Vou tomar um banho.

Meu banho durou meia hora. Como tem o banheiro no meu quarto, geralmente eu saio do banheiro sem toalha mesmo, pronto pra ir no guarda roupa e me vestir. Esqueci que o Felipe estava no meu quarto e sai pelado do banheiro, deixando ele de boca aberta e soltar um “nossa!”, foi ai que me toquei e urgente sai correndo ate o guarda roupa e vesti a primeira cueca que vi na frente.

Felipe> não precisa desses desespero Thalles, eu já te vi assim antes e por muito mais tempo.

Eu> mas vamos manter o respeito né.

Eduardo> Tia Cecilia disse que o Felipe ta aqui. – disse ele entrando no quarto. – Ah, Oi Felipe.

Felipe> e aew Eduardo, beleza?

Eduardo> sim. – Eduardo repara eu de cueca. – eu atrapalhei algo?

Eu> claro que não besta.

Felipe> gente, to com fome, sua mãe disse que a hora que eu quisesse podia ir na cozinha e preparar um lanche, eu vou lá. Vocês querem também?

Eduardo> cara, to morrendo de fome também, eu aceito.

Felipe> e você Thalles?

Eu> eu aceito também. Obrigado.

Felipe foi pra cozinha e eu fui entrar no meu MSN.

Eduardo> ex passando um tempo aqui, dormindo no mesmo quarto. Cuidado com as recaídas.

Eu> nem viaja Dudu. Só não sei como o Bruno vai reagir a isso.

Eduardo> ele é de boa e tranqüilo, mas nessa situação, nem um monge consegue se segurar.

Eu> só me faltava essa.

Felipe trouxe os lanches, conversamos um pouco depois até na hora de ir dormir. Eduardo foi pro quarto dele e o Felipe já arrumava o colchão dele no chão. Felipe ficou só de cueca e eu com uma bermuda.

Felipe> Thalles, você gosta de dormir só de cueca. Vai dormir de bermuda hoje?

Eu> melhor né.

Felipe> cara, eu não vou te atacar a noite, pode ficar tranqüilo, mas se você quiser eu coloco colchão na sala sei lá, pra você ficar mais a vontade no seu quarto.

Eu> tudo bem Felipe. Pode ficar aqui mesmo. -  Tirei minha bermuda ficando só de cueca também e entrei pra debaixo do edredom. Felipe apagou a luz fomos dormir.

Na madrugada eu sinto uma mão percorrendo pelo meu corpo. A cada toque meu corpo todo se arrepiava. Ainda de olhos fechados, eu curtia aquela sensação gostosa me deixava louco. Com muito sacrifício eu abri meus olhos e vi o Felipe, somente cueca em cima de mim, já beijando o meu corpo.

Eu: Felipe, para, não podemos fazer isso.

Felipe: relaxa Thalles e deixa acontecer.





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Seus lábios já iam de encontro aos meus e um beijo apaixonante aconteceu. Não sei como explicar esses beijos maravilhosos, só sei que é diferente de tudo o que já tinha experimentado, com um gosto mais doce e suave. Meu corpo queria mais aquilo, mas minha mente dizia que aquilo era errado. Eu não queria, não devia, mas meu corpo já não respondia mais por mim.

Eu: chega Felipe, não posso fazer isso.

Eu começava a empurrar o corpo do Felipe, mas meu próprio corpo se inclinava para continuar aquele beijo.

Felipe: se entrega Thalles, eu sei que você quer.

Eu: Não Felipe, eu não quero.

Felipe: eu te amo cara, seja meu.

Eu: NÃO FELIPE!!!

Nesse momento eu acordei assustado, ficando sentado na cama. Meu corpo já estava todo suado e a minha respiração ofegante. No chão, o Felipe estava sentado em seu colchão, olhando pra mim um pouco assustado ainda, embriagado pelo sono.

Felipe> ta tudo bem Thalles?

Eu> sim, estou.

Felipe> quer que eu vá buscar um copo de água?

Eu> não, não precisa. Obrigado.

Felipe> ta tudo bem mesmo?

Eu> ta sim, vamos dormir porque acordamos cedo.

Felipe> vamos.

Demorei um pouco pra dormir, na minha mente vinham às cenas daquele sonho. Como era possível sonhar com aquilo, amando o Bruno? Demorei, mas consegui pegar no sono.





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No outro dia acordei às seis da manhã, o Felipe também estava levantando. Como ele entra na escola mais cedo do que eu, o deixei ir pro banho primeiro. Depois dos banhos e se arrumar, descemos pra tomar café. Na cozinha estava o Eduardo e a minha mãe tomando café e a Maria lavando algumas louças.

Eu> Bom dia.

Cecília> bom dia meu filho.

Felipe> Bom dia. Oi Tia. – disse Felipe dando um beijinho no rosto da minha mãe. Fiquei me perguntando que intimidade é essa. Desde quando era aquilo. Eduardo me olhou com uma cara que se fazia essas mesmas perguntas.

Cecília> Bom Dia Felipe, dormiu bem?

Felipe> dormi sim. Parece que o Thalles andou tendo uns pesadelos essas noite.

Cecilía> Filho, coca cola logo cedo.  – disse minha mãe a me ver pegando uma garrafa de coca cola que tava na geladeira. - Nem pensar menino, pode tomar leite. Fica tomando essas coisas logo de manhã só pra estragar o estomago. Vou começar a proibir esses refrigerantes aqui em casa.

Eu> ta bom. – deixei a garrafa de coca e pegando a caixa de leite.

Eduardo> o que você sonhou essa noite primo.

Eu> deixa quieto. Nem lembro mesmo. – me distrai lembrando do sonho e acabei enchendo demais o copo de leite, derramando no chão.

Eduardo> eita desastre.

Cecília> presta atenção meu filho.

Limpei o chão e fui até a pia lavar as minhas mãos e vi a Maria um pouco triste.

Eu> ta tudo bem Maria.

Maria> ta sim meu filho. Só um pouco chateada.

Eu > o que aconteceu?

Maria> eu estava contente achando que ia ganhar um neto, que o  ia ser pai.

Eduardo arregalou os olhos com o espanto, minha reação foi a mesma.

Eu>  vai ser pai?





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Maria> não. Tudo armação daquela garota que ele namorava. Nunca fui com a cara daquela menina mesmo.

Eu> como assim Maria?

Maria> Aquela tal Eliane querendo dar o golpe da barriga. Depois de o  ter terminado com ela, ela aparece lá em casa dizendo que tava grávida dele.

Eu> e não é dele?

Maria> Não, sábado eles pegaram o resultado do exame que eu fiz ela fazer e mostrou que ela não ta grávida.

Eu> caramba.

Maria> pior que eu tava tão contente que ia ganhar um neto

Cecília> fica assim não Maria,  ainda é jovem e tem que aproveitar mais a vida. Quando chegar no tempo certo, ele casa e te da até mais de um neto.

Terminamos de tomar café, Eduardo e eu fomos pro meu quarto e a minha mãe foi levar o Felipe na escola.

Eduardo> então foi por isso que o  sumiu.

Eu> cara, golpe da barriga é foda, tadinho do , caindo nessa.

Eduardo> mas eu to chateado com ele.

Eu> até sei por que. Mas também eu o entendo.

Eduardo> ah Thalles, o que custava ele ter me contado sobre essa história da gravidez.

Eu> talvez ele esperasse o resultado desse exame.

Eduardo> pode ser isso.

Eu> liga pra ele e o chame para conversar.

Eduardo> vou sim.

Eu> mas antes me leva pro cursinho, já to quase atrasado.

Eduardo> levo se você me contar sobre o pesadelo.

Eu> te conto no caminho.

Durante a aula eu mandei um SMS pro Bruno pedindo que ele fosse até a minha casa na parte da tarde para conversarmos. Confesso que eu tava com medo da reação do Bruno, afinal, quem não ficaria nervoso sabendo que o ex namorado de seu namorado está morando com seu namorado. Eu ficaria. No intervalo, William e eu contávamos para o Ricardo e a Yumi sobre o final de semana no clube, arrancando risos deles.

Na parte da tarde, o Bruno chegou à minha casa perto das duas da tarde. Quando ele chegou, eu estava no meu quarto, deitado e escutando musica. A musica que tocava era Numb – Linkin Park. Eu cantava tentando acompanhar a musica, mas como meu inglês é ótimo ¬¬, só consegui arrancar risos do Bruno enquanto ele observava parado na porta do meu quarto.





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Eu> ta a quanto tempo ai?

Bruno> desde o primeiro refrão.

Eu> e deixou eu pagar esse mico na sua frente?

Bruno> tava tão bonito, você canta muito bem.

Eu> (¬¬) – ah ta, até parece.

Bruno> Amor, posso saber por que o Felipe ta aqui na sua casa tomando banho de piscina?

Eu> pois é amor, por isso eu disse que precisamos conversar. Senta aqui na cama.

Expliquei a situação pro Bruno que me escutava atentamente e sério.

Eu> então é isso amor.

Bruno> Amor, não vou negar que to morrendo de ciúmes de saber que você vai conviver com esse cara aqui todo dia. Sei que você não vai fazer nada, mas não confio nele. Porém sei que você não tem culpa do que ta acontecendo, já que não tem escolha, temos que aceitar né.

Eu> sabia que você compreenderia amor. Vem cá.

Puxei ele e dei um longo beijo.

Bruno> a porta aberta amor. Vai que alguém vê.

Eu> to nem ai. - Puxei ele e demos um outro beijo e fomos interrompidos pelo Felipe entrando no quarto.

Felipe> desculpa, não queria atrapalhar. – disse Felipe sem graça. Ele estava com uma toalha pendurada no pescoço, só de sunga azul escura e o corpo ainda meio molhado. 

Eu> ta tudo bem. Pode entrar.

Felipe> vim só tirar essa sunga molhada e colocar uma bermuda e camiseta. Vou sair, mais tarde eu to de volta.

Felipe foi ao banheiro tirar a sunga e se arrumar. Do meu lado o Bruno cochichava em meu ouvido dizendo que achava que o cara de pau do Felipe ia tirar a sunga na nossa frente, eu só ri. Felipe saiu do banheiro já arrumado e se despediu da gente. Fui até a porta e a tranquei, voltei para onde estava o Bruno e já fui pra cima dele começando a beijá-lo.

Bruno> eita amor, tudo isso é saudade.

Eu> claro, cada segundo longe de você pra mim é uma eternidade.





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Começamos a nos beijar e um arrepio tomou conta de mim quando notei que os beijos que eu estava tendo com o Bruno eram iguais aos que eu sonhei, mesma sensação, mesmo gosto, mesmo jeito. Aqueles beijos foi me deixando com mais vontade ainda e ao contrario do sonho, eu não empurrava o corpo que me beijava e sim o apertava ainda mais, juntando com o meu.

Bruno> nossa amor, que delicia de beijo.

Eu> então vem que eu quero mais.

Ficamos nos beijando, o clima foi esquentando e naquela tarde tivemos duas transas demoradas e cheias de amor. Com muita pegada e gosto, como se há tempos não fazíamos aquilo.

Eu> Amor, precisamos resolver um assunto.

Bruno> qual amor?

Eu> sua primeira vez como ativo.

Bruno> há amor, eu já te disse que não quero te forçar a nada. Me sinto bem como estamos e não reclamo por isso. Espero o dia que você estiver preparado e quiser.

Eu> eu to preparado amor e quero que seja com você a minha primeira vez como passivo. Aliás, você vai ser o único, por que vamos estar juntos para sempre.

Bruno> ooownnti meu amor, Eu te amo mais que tudo nessa vida.

Eu> eu te amo mais meu lindo. Então, vamos combinar uma coisa legal pra minha primeira vez?

Bruno> claro, mas deixa que eu preparo. Vai ser surpresa.

Eu> olha lá hein, vou confiar em você. Só não vai me arrastar pra um motel de BR.

Bruno> credo amor, sai pra lá.

Eu> kkk to brincando amor. Se bem que sendo com você, qualquer lugar vai ser especial, até no meio do mato.

Bruno> kkk nem pensar amor, vai ser um dia especial, tem que ser perfeito e em um lugar agradável.

Às cinco e meia da tarde nos levantamos e nos arrumamos para ir à escola.

No final da aula o Eduardo passou na escola para me buscar e antes de ir pra casa, fomos ao extra 24 horas.





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Eu> o que você vai comprar aqui?

Eduardo> nada, to esperando o  sair.

Eu> ele ta trabalhando aqui?

Eduardo> sim, ele ta trabalhando há duas semanas aqui.

Eu> Poxa, nem me contou. Ele faz o que aqui?

Eduardo> ele é caixa. Vem, vamos comprar ice. To afim de beber. Ai passamos no caixa dele.

Eu> vamos, também quero.

Eduardo> ah, deixa eu te contar, arrumei um bico ai pra fazer.

Eu> sério, qual?

Eduardo> Um Amigo da faculdade arrumou pra eu trabalhar numa campanha pra um candidato ai a deputado estadual.

Eu> sério que você ta mexendo com isso?

Eduardo> claro, ganhando gasolina pra moto e um dinheirinho ai extra e a única coisa que eu tenho que fazer é distribuir santinho e ir alguns comícios.

Eu> lol, boa sorte pra você.

Eduardo> Pra nós, você vai me ajudar. Até que é divertido.

Eu> o que eu ganho com isso?

Eduardo> um sexo selvagem comigo, o que acha?

Eu> mas isso eu já ganho sem ter que fazer nada em troca kkkkkk

Eduardo> kkk manezão. Eu reparto o dinheiro.

Eu> agora sim.

Passamos pelo  que sorriu ao nos ver ali.

> boa noite senhores.

Eu> Boa Noite sumido.

 ficou sem graça.

Eduardo> estamos te esperando lá fora.

> falta dez minutos pra acabar meu expediente. Vou fechar o caixa e passar ao pessoal, já eu vou.

Eduardo> ta bom.

Depois de quase vinte minutos o  sai com uma garrafinha de ice na mão também e vai nos encontrar no estacionamento.

> Oi garotos, vamos conversar.

Eduardo> vamos. Por que você não me contou da gravidez da Eliane?

> ela não ta grávida.





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Eduardo> eu sei que não está, mas você não acha que deveria ter me contado essa história antes?

> desculpa amor, eu sei que não fiz certo, mas eu só queria te contar quando eu tivesse certeza que ela estava grávida, quando saísse o resultado do exame.

Eduardo> poxa, a gente é um casal tão unido, um conta com o outro e você me esconde uma coisa dessas.

> Dudu, se eu chegasse em você semana passada e dissesse que a Eliane tava na minha casa dizendo que está grávida de mim. Você ia ficar chateado comigo.

Eu> gente, vou deixar vocês dois a sós que é melhor.

> não Thalles, fica.

Eduardo> fica primo.

Eu> não gente, vou deixar vocês a sós, é melhor.

Sai de perto deles e fui até dentro do mercado de novo comprar mais uma ice. Enrolei um pouco e depois de uns dez minutos eu sentei em um murinho no estacionamento e fiquei observando a conversa até quase meia hora. Vi os dois começando a sorrir e deram um selinho bem rápido e vieram até onde eu estava.

Eu> já vi que estão de boa.

Eduardo> claro, estamos sim. Agora vamos antes que a tia liga pra nós preocupada, já é quase meia noite.

> nos vemos amanhã amor.

Nos despedimos e fomos para a minha casa. Chegando em casa, o Felipe estava na sala assistindo TV.

Eu> ainda acordado?

Felipe> aham, tava esperando vocês. Já lancharam?

Eduardo> ainda não, to morrendo de fome.

Eu> eu também to.

Felipe> vamos pra cozinha então lanchar. Ah Thalles, sua mãe pediu pra te avisar que amanhã ela vai precisar que você ajude lá na loja.

Eu> você vai também.

Felipe> não posso, tenho prova depois de amanhã e marquei de estudar com uns amigos na biblioteca da escola.

Eu> entendi.

Lanchamos e fomos para nossos quartos.

Na terça, tudo ocorreu normal durante a manhã no cursinho, eu já me preparava pro vestibular e para o Enem. Como estávamos em setembro, só tinha mais dois meses pra se preparar e os professores já estavam mais exigentes.

Na parte da tarde eu ajudei na loja junto com a minha mãe e a Michele.

A noite, aproveitamos que o professor de matemática tinha faltado e fomos resolver questões da nossa formatura. Como somente o dinheiro das mensalidades poderia não ser suficiente, começamos a organizar eventos pra arrecadar mais dinheiro. Depois de entrar em um consenso, decidimos começar com um almoço. Marcamos esse almoço para o terceiro domingo do mês, o que nos dava pouco mais de duas semanas para vender os convites. Amanda e Letícia conversaram com a vice diretora do colégio, pedindo autorização para fazer o almoço no colégio e utilizar a cozinha pra fazer o almoço. Com a autorização concedida, restava a nós correr atrás do resto.

Durante a semana tudo ocorreu normal, na sexta a noite, chegamos do colégio e eu fui pro MSN. Black Angel já estava online e logo veio puxar conversa comigo.

Black Angel diz: e ai viadinho.

Thalles Arezzo diz: to com saco pra você hoje não, me erra.

Black Angel diz: ta nervosinho é?

Thalles Arezzo diz: na boa, nem sei por que não te exclui ainda.

Black Angel diz: por que sabe que é mais prudente .

Thalles Arezzo diz: fala logo que você quer.

Black Angel diz: já fez o que eu pedi?

Thalles Arezzo diz: eu não vou largar do Bruno.

Black Angel diz: ah que lindo, então vocês não vão se importar de eu pixar no muro da escola, na segunda feira como é lindo o amor de vocês dois.

Thalles Arezzo diz: eu queria entender o que você ganha com isso.

Black Angel diz: que tal o doce sabor de ver vocês dois separados.

Thalles Arezzo diz: e o que depois? O que vai fazer depois?

Black Angel diz: você não precisa saber. Amanhã eu entro de novo pra ver se você mudou de idéia. Saindo aqui.





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Black Angel nem deixou eu responder e já ficou offline. Felipe estava na sala assistindo TV e o Eduardo no meu quarto, vendo a conversa.

Eduardo> tenso hein.

Eu> muito.

Eduardo> ow, amanhã tem uma passeata básica do partido do canditado que to trabalhando, vamos.

Eu> que horas?

Eduardo> mais ou menos nove da manhã, vai ser aqui na avenida perto.

Eu> pow, passeata é foda. Sol quente distribuindo santinhos e escutando aqueles jingles horríveis.

Eduardo> mas vai ter um monte de jovens lá também. Galera da faculdade, a maioria vai ta lá, ai eu te apresento alguns amigos.

Eu> beleza, eu vou então.

Felipe> gente, eu fiz brigadeiro, alguém quer? – disse Felipe entrando no quarto

Eduardo> opa, eu quero.

Eu> eu também.

Felipe> deixei lá esfriando um pouco, vou lá buscar e já volto. – disse ele saindo do quarto.

Eduardo> Felipe ta legal desde que começou a morar aqui né?

Eu> pois é, estranho né?

Eduardo> você acha?

Eu> esmola quando é demais, o santo desconfia. Só digo isso.

Eduardo> mas ele pode ta mudando de verdade.

Eu> que Deus te ouça.

Felipe trouxe o brigadeiro e comemos enquanto assistíamos filmes os três.





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Sábado de manhã, acordei as oito, me arrumei, comi um pouco e lá fomos nós pra tal passeata. Como eu já imaginava, na segunda vez que o jingle tocava, eu já tava enjoado de ouvir. Eduardo apresentou alguns amigos de faculdade, ficamos tomando tereré e conversando. Alguns entregavam os santinhos e outros faziam deles um monte de aviõezinhos. Uma das senhoras que estavam na campanha, repreendeu o Eduardo por estar estragando os santinhos, eu ri muito com essa cena.

Perto do meio dia a passeata havia acabado e o Eduardo e eu voltávamos a pé para casa, que não estava muito longe, e passamos por uma senhora que pedia esmola. Parei em frente a ela, tirei dois reais do meu bolso e a entreguei.

Senhora> me de sua mão, meu filho.

Estranhei, mas dei a mão pra ela que pegou firme o meu pulso e ficou analisando a palma da minha mão. Eduardo observava tudo atento e intrigado assim como eu.

Senhora> Vejo que é um rapaz forte, de bom coração. Bem e o mal ronda a sua vida incansavelmente. Deve ficar atento. Barreiras estão por vim, vejo nuvens negras chegando e essa é a hora de ficar firme e mostrar o tão forte que tu és. Vejo que luta por um grande amor. Continue lutando, só o Amor verdadeiro te salva das coisas ruins que estão por vim.

A mulher soltou a minha mão e eu fiquei pasmo com tudo aquilo que ela disse. Eduardo olhou assustado para ela.

Eduardo> pode ler a minha mão também senhora.

Senhora> desculpe meu filho, mas eu não leio mãos. Apenas sou uma necessitada. Pode me ajudar. – Eduardo tirou um real do bolso e entregou a senhora. – Obrigado meu filho, vão com a graça de Deus.

Andamos alguns passos e olhei para trás e não vi mais a senhora.





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Eu> Dudu, a mulher sumiu.

Eduardo> deve ter ido gastar os três reais que ganhou. Nem pra ela ler a minha mão também. Queria saber se eu ia ficar rico.

Eu> kkkkkkk estuda e trabalha que você fica.

Eduardo> sem graça ¬¬.

Na parte da tarde daquele sábado, o Bruno chegou era duas e meia. Tomamos banho de piscina até anoitecer. No sábado a noite fomos até a feira central comer os famosos yakisobá.

Enquanto meus pais e o Felipe continuavam comendo, Eduardo Bruno e eu fomos andar pelo lugar, paramos em frente a uns hippies vendo suas bugigangas.

Eduardo> ow, perai gente, vou comprar essa pulseira aqui, achei massa. Quanto é mano.

Rapaz> 5 reais gente boa.

Eduardo> porra, tudo isso cara.

Rapaz> pó, mas é bem feitinho né. Bem trabalhado

Eduardo> ah, da um desconto ai.

Rapaz> faço 4 reais pra você levar então.

Eduardo> fechado. Toma aqui 5 e me volta um real.

Quando saímos de perto do cara, Bruno e eu começávamos a zoar o Eduardo.

Bruno> seu mão de vaca.

Eduardo> eu não, eu sou esperto. Não vai ser esbanjando dinheiro que eu vou ficar rico.

Fomos para casa e o Bruno havia levado alguns DVDs para assistirmos. Colocamos os colchões na sala e ficamos deitados, assistindo o filme. Não consegui nem terminar de assistir o primeiro filme e apaguei.

Acordei ao som de carros de corrida de formula 1. Olhei para o lado e vi o Felipe e o Bruno conversando e comentando sobre a corrida.





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Bruno> te acordamos bebe?

Eu> tudo bem.

Felipe> assiste a corrida com a gente?

Eu> corrida? Não... vamos assistir outra coisa?

Bruno> ta quase acabando amor e eu quero ver se o vettel vai ganhar.

Felipe> isso mesmo Thalles. Vai vettel, passa.

Bruno> Puta merda cara, vettel ficou pra trás.

Felipe> a praga do Hamilton passou.

Eu> cara que graça vocês vê em corrida de formula 1?

Felipe> ó lá Bruno, ta passando de novo.

Bruno> Agora vai Lipe. Ta ganho a corrida, Vettel ganha.

Eu> eu vou voltar a dormir tá. Bruno, pega esse travesseiro pra mim.

Felipe> puta que pariu, Hamilton não sai da cola do vettel.

Bruno> vai passar não Lipe.

Eu> nossa que intimidade, chamando até de Lipe.

Bruno> que amor?

Eu> nada não.

Peguei o travesseiro, puxei o Eduardo que estava com mais da metade do corpo pra fora do colchão e voltei a dormir. Acordei novamente quase onze da manhã. Na sala somente eu. Fui ate o meu quarto, tomei um banho, me arrumei e desci. Perto da churrasqueira estava o Felipe e o Bruno conversando com o meu pai e na cozinha estava minha mãe conversando com a minha vó no celular e o Eduardo tomando café. Tomei café com o Eduardo e depois fomos até onde estava meu pai. Logo vi que meu pai não estava bem, estava pálido e fraco. Ele pediu que tomássemos conta da churrasqueira que ele ia se deitar um pouco, pois não estava bem.





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Terminamos de assar carne, almoçamos e depois pegamos umas cadeiras de fio e fomos sentar em frente de casa, jogar conversa fora e tomar tereré. Depois das quatro resolvemos tomar banho de piscina.No começo da noite o Bruno tinha que ir para casa e o Eduardo se prontificou a levá-lo.

Bruno> vou lá em cima pegar a minha mochila, vem comigo amor?

Eu> vou sim amor.

Meu pai continuava deitado no quarto e minha mãe na sala assistindo TV. Chegando no meu quarto o Bruno já me abraçou e me deu um beijo delicioso.

Bruno> que saudades desses seus beijos.

Eu> também estou. A gente nem conseguiu namorar direito esse final de semana.

Bruno> amanhã a tarde eu volto aqui e a gente tira esse atraso.

Eu> me da mais um beijo.

Bruno> cuidado amor, olha a porta aberta, e se alguém vê.

Eu> meu pai ta dormindo e minha mãe na sala.

Demos mais um beijo. Depois o Bruno continuou arrumando as suas coisas enquanto eu ia colocar o meu celular para carregar. Depois de fechar sua mochila, Bruno chegou perto de mim e me deu um selinho rápido e descemos. No corredor ainda escutamos meu pai vomitando.

Bruno> seu pai não ta bem mesmo, melhor levar ele no medico amor.

Eu> vou falar com a minha mãe.

Descemos e minha mãe tava procurando as chaves do carro.

Eu> vai levar o pai no medico mãe?

Cecília> vou sim, ta toda hora vomitando e tava com febre ate agora pouco.

Eu> quer que eu vá junto?

Cecília> não precisa filho, fica aqui com o Felipe e o Eduardo. Bruno, quer que eu te deixe em casa.

Bruno> não precisa dona Cecília, o Eduardo vai me levar.

Cecília> tudo bem. Manda um abraço pra sua mãe ta, e fala pra ela vir um final de semana aqui em casa pra conversarmos.

Bruno> pode deixar.

Todos saíram e quando tranquei o portão, surge o Felipe na minha frente, molhado, apenas de sunga, com os dois braços apoiados no portão, trancando a minha passagem.

Felipe> agora somos apenas eu e você. – disse ele com um sorriso malicioso e um olhar sedutor.





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NOTAS DO AUTOR

BEM PESSOAL, TA AI MAIS UM CAPITULO. DESCULPA DEMORA.

ABRAÇÃO A TODOS.

 




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