Os dias passaram normais. Em casa tudo ocorria bem. Meu pai estava contente com o trabalho e a loja da minha mãe com a Laura teve seu primeiro mês agitado, o que rendeu bons lucros. Na casa do Felipe, a relação com a Laura estava muito bem, mas já não podia se dizer o mesmo entre ele e o Lucas. Todos os dias Felipe desabafava comigo, dizendo que não agüentava mais as chantagens do Lucas e seus preconceitos. Cada dia que passava ele só piorava.
Era uma quarta feira, eu descia pra tomar café da manhã, e o Felipe já estava na cozinha tomando café com meu pai, me esperando para ir ao colégio. Nessa semana a minha mãe e a Laura estavam viajando para são Paulo fechando contrato com alguns fornecedores e só voltavam no sábado. As duas foram no carro da minha mãe. Por esse motivo, meu pai que bancava o motorista na parte da manhã e no almoço nós teríamos que ir embora a pé. No colégio, o assunto do momento era o feriado de páscoa chegando e o aniversário do Raffa. Faltavam duas semanas para chegar essas datas, mas nós já estávamos eufóricos para que chegasse logo.
- Raffa, seu niver é na quinta antes da páscoa né?
- sim isah.
- temos que planejar uma festa bem legal. O que acham? – sugeriu Jefferson.
- já sei. – disse Felipe aguçando a curiosidade de todos.
- o que Lipe? Conta logo. – pediu Raffa
- minha tia tem uma casa em Bonito, e ela só é usada quando alguém vai pra lá. Eu podia pedir pra ela pra usar a casa e nós poderíamos ir pra lá.
- Boa Garoto. Por mim eu to dentro. – afirmou Vinicius.

Todos concordaram e a nossa missão nas próximas duas semanas era organizar tudo para tornar esse feriado inesquecível.
- Thalles, podemos conversar a sós?
- sim Lipe.
Afastamos do pessoal e fomos até a quadra que estava vazia.
- o que foi amor?
- é sobre a nossa primeira vez Thalles.

- Claro que não né gente – explicou Raffa – o idiota tava bêbado e tava imaginando coisas. Olham pra eles, eles tem jeito de gay? Acham que iriam se beijar?
- Nooooossa! O que você tem contra? – brincou Felipe
Todos caíram na risada.
- é besteira daquele idiota, eu e o Thalles somos Amigos e HOMENS. – afirmou Felipe confirmando a desculpa do Raffa.
- mas você precisava bater no cara daquele jeito Raffa? – perguntou Carol.
- sim, qualquer pessoa que falar mal de qualquer amigo meu leva porrada. Gosto muito de vocês e faço tudo pra protegê-los.
- oooonnwt – disse as gêmeas se alegrando e abraçando o Raffa.
Ficamos ali terminando de beber e conversando até o sol raiar. Às sete da manhã, o pai das gêmeas foi buscá-las e o Jefferson e o Vinicius aproveitariam para pegar uma carona com o Sogro. Enquanto todos entravam no carro, Jefferson me chamou ate um canto.
- diga amigo? O que foi?
- Thalles, vocês dois precisam tomar mais cuidado. Eu também vi a cena do beijo quando fui ao banheiro.
- você viu? E e... – meu espanto na hora me deixou sem fala.
- relaxa criança. Pra mim ta de boas.
- não conta pra ninguém, por favor.
- tranqüilo, cabe a vocês dois contar quando quiserem. Da minha boca não sai uma palavra sobre esse assunto. – ele se despediu de mim dando um tapinha nas costas.
Eles foram embora, eu e o Felipe ficamos até as nove da manhã ajudando o Raffa a arrumar algumas coisas e depois chamamos o taxi e fomos para casa. No meio do caminho, Felipe me questionou.
- o que o Jefferson queria contigo?
- pedir pra nós dois tomar mais cuidado por que ele também viu o beijo.
- nossa, e o que ele disse sobre isso?
- disse que nos apóia e que não vai contar a ninguém.
- menos mal.

Chegamos em casa e o nosso único ato foi cair na cama e dormir muito. A noite foi boa e com muita emoção. Estávamos precisando descansar muito. O melhor ainda desse descanso, foi sentir o corpo do Felipe junto ao meu. Dormimos até as três da tarde. Embora o ar condicionado estivesse na potencia máxima, dentro do quarto ainda estava um pouco de calor. Logo notamos que o dia estava muito quente. Acordei primeiro que o Felipe, virei o meu rosto e lentamente fui o acordando com o meu beijo. Ele meio sonolento ainda, se espreguiçava e tentava me dizer algo.
- Bom dia amor da minha vida. – sussurrava ele ao meu ouvido.
- você quer dizer Boa tarde meu amor. – disse eu entre risos.
- verdade, minha cabeça ta doendo muito. Acho que bebi demais ontem.
- larga de ser frouxo Lipe. Mas já sei algo que vai nos animar e curar a nossa ressaca.
- o que?
- um banho bem gostoso de piscina. Vamos, levanta.
Descemos e fomos direto pra piscina. Ficamos o resto da tarde namorando dentro da piscina. A cada beijo que o Felipe me dava, eu suspirava muito. Quando escureceu um pouco, nós dois ainda continuamos a nos beijar e o clima começou a esquentar. Nossos beijos ficavam com mais vontade, mais força e em minutos já estávamos os dois excitados. Sua mão caminhava sobre o meu corpo e logo parou no abdômen, aos poucos ela ia descendo até ficar sob a minha sunga e começa a massagear o meu pau, que no momento já estava ereto e rígido com toda aquela excitação. Depois de um tempo massageando, subi na borda da piscina e Felipe arrancou a minha sunga jogando ela em qualquer lugar. Apenas fechei meus olhos e senti sua boca encostando na cabeça do meu pau, meu corpo todo tremeu de tanto tesão. Que sensação maravilhosa, Felipe agora fazia os movimentos de vai e vem com sua boca numa freqüência maior e eu delirava ainda mais. Logo escutei o portão da garagem começar a subir.

- droga, meus pais chegaram. Cadê a minha sunga Lipe?
- não sei, joguei pra lá.
Com muita dificuldade por causa do escuro eu enxerguei a minha sunga boiando em uma das beiradas da piscina e sai nadando as pressas e comecei a me vestir. Logo minha mãe ascendeu a luz da área de lazer, iluminando nós dois ali nadando e conversando, um cada lado da piscina.
- veja Arthur, nossos peixinhos ali boiando.
- o que vocês estão fazendo nadando no escuro seus loucos.
- ah pai, fiquei com preguiça de sair da piscina pra ascender à luz. Como foi de viagem?
- foi bem. Seus avôs mandaram um beijo. – meu pai disse e saiu em direção à cozinha carregando uma caixa contigo.
- filho, a Yasmin apareceu na casa da sua avó achando que você estava lá. Ela pediu pra quando você puder, ligar pra ela.
- Mas não vou mesmo mãe. Quero distância dela e você sabe disso.
Minha mãe apenas sorriu e foi para dentro carregando umas malas. Olhei para o lado e vi o Felipe com uma cara fechada.
- o que foi Lipe?
- quem é Yasmin?
- uma antiga namorada. Terminamos no começo do ano quando eu voltava de férias, uns dias antes de eu me mudar para cá.
- terminaram por que você ia se mudar?
- não, por que ela tava me traindo com o meu melhor amigo.
- e o que ela quer com você agora?
- não sei, e sinceramente, nem quero saber.
- assim espero. Por que você não me disse isso antes Thalles?

- por que eu quero esquecer esse fato que aconteceu na minha vida. E agora que eu to vivendo um momento especial e to conseguindo esquecer o passado, eu não quero que ele volte a me atormentar.
- você ainda gosta dela?

- na verdade eu achava que gostava muito, e sofri demais quando terminei e a até quando me mudei pra cá. Mas desde o primeiro dia de aula, quando eu te vi, todo esse sofrimento e o amor que eu achava que sentia por ela, simplesmente sumiram e eu fiquei fascinado por você. Hoje, me sinto como se ela nunca tivesse existido na minha vida. E como não quero remoer o passado, não comento nada sobre ele. Agora eu vivo uma vida nova, ao seu lado, por que você é a pessoa que eu amo e sinto algo que jamais senti por alguém.
Ao terminar de falar, vi que uma lagrima caia dos olhos de Felipe, demonstrando claramente que ele estava emocionado escutando aquelas palavras. Ele se aproximou de mim e veio me beijar.
- te amo Thalles.
- também te amo Felipe. Amo muito.
Quando íamos nos beijar, minha mãe saiu lá fora e pediu para sairmos da piscina, tomar um banho e jantar. Eu fui para o meu quarto e o Felipe foi ate o quarto de hospedes usar o banheiro pra tomar um banho. Eu demorei uns 30 minutos debaixo do chuveiro, quando terminei me enrolei na toalha e sai, quando abro a porta do banheiro dou de cara o Felipe enrolado na toalha e sentado na minha cama me esperando.
- Para Thalles. Volta pro banheiro e sai de novo, mas dessa vez sem essa toalha.
- seu bobo, só por que você quer. O q ta fazendo ainda sem roupa?
- me empresta uma?
- sim. – fui até o guarda roupa e peguei uma roupa pra ele e uma pra mim. Vestimo-nos e descemos para jantar. Estávamos com muita fome, pois não tínhamos comido nada ainda. Após o jantar, Felipe de despediu de nós e foi para casa. Eu subi para o meu quarto e tentei dormir, mas não estava com sono por dormir o dia inteiro e não parava de pensar no amor da minha vida. Já era de madrugada quando fui pegar no sono.

Os dias passaram normais. Em casa tudo ocorria bem. Meu pai estava contente com o trabalho e a loja da minha mãe com a Laura teve seu primeiro mês agitado, o que rendeu bons lucros. Na casa do Felipe, a relação com a Laura estava muito bem, mas já não podia se dizer o mesmo entre ele e o Lucas. Todos os dias Felipe desabafava comigo, dizendo que não agüentava mais as chantagens do Lucas e seus preconceitos. Cada dia que passava ele só piorava.
Era uma quarta feira, eu descia pra tomar café da manhã, e o Felipe já estava na cozinha tomando café com meu pai, me esperando para ir ao colégio. Nessa semana a minha mãe e a Laura estavam viajando para são Paulo fechando contrato com alguns fornecedores e só voltavam no sábado. As duas foram no carro da minha mãe. Por esse motivo, meu pai que bancava o motorista na parte da manhã e no almoço nós teríamos que ir embora a pé. No colégio, o assunto do momento era o feriado de páscoa chegando e o aniversário do Raffa. Faltavam duas semanas para chegar essas datas, mas nós já estávamos eufóricos para que chegasse logo.
- Raffa, seu niver é na quinta antes da páscoa né?
- sim isah.
- temos que planejar uma festa bem legal. O que acham? – sugeriu Jefferson.
- já sei. – disse Felipe aguçando a curiosidade de todos.
- o que Lipe? Conta logo. – pediu Raffa
- minha tia tem uma casa em Bonito, e ela só é usada quando alguém vai pra lá. Eu podia pedir pra ela pra usar a casa e nós poderíamos ir pra lá.
- Boa Garoto. Por mim eu to dentro. – afirmou Vinicius.

Todos concordaram e a nossa missão nas próximas duas semanas era organizar tudo para tornar esse feriado inesquecível.
- Thalles, podemos conversar a sós?
- sim Lipe.
Afastamos do pessoal e fomos até a quadra que estava vazia.
- o que foi amor?
- é sobre a nossa primeira vez Thalles.

Eu amava muito o Felipe e realmente eu queria perder a minha virgindade com ele, mas devo confessar que aquele assunto não me deixava nenhum pouco a vontade.
- o que tem ela? Fiz-me de desentendido.
- você sabe Thalles, eu disse que queria fazer algo legal, e to planejando isso.
- planejando como?
- nessa viagem. O que acha?
- mas, vai ta todo mundo amor lá amor, não vai rolar.
- calma Thalles, o Raffa e o Jefferson estão me ajudando. Só confia em mim, diz que sim e deixa o resto comigo.
- tem como dizer não, olhando pra essa sua carinha de anjo?
Demos um beijo rápido e voltamos.
Na saída eu e o Felipe fomos para casa a pé. No caminho, combinamos de ir ao shopping à tarde e assistir um filme. Deixei-o na casa dele e fui para minha. À tarde, eu e o Felipe já estávamos no shopping, andamos por quase todas as lojas, tomamos sorvete e depois fomos assistir a um filme. Terminou o filme eu fui para casa e o Felipe pra dele.
Abri a porta da sala e vi meu pai esparramado no sofá, assistindo ao jogo.
- isso é horas de chegar Guri?
- pai, ainda nem é dez horas. Quem ta ganhando?
- empatado ainda. Tem janta lá no fogão.
- to sem fome. Vou dormir.
- não esquece de colocar o celular pra despertar amanhã cedo.
- sim senhor.

Fui para o meu quarto e dormi logo. No outro dia, estranhei o Felipe não estar em casa para irmos pra escola. Meu pai estava na cozinha tomando o café. Cumprimentei-o com um bom dia e ele fez o mesmo e começou a reclamar.
- cada dia que passa meus cafés fica mais amargo.
- saudade da mamãe é? – disse eu entre risos
- ou da Maria. Hehehe. Mas sua mãe me faz muita falta.
- é eu sei o por que. - Eu disse meio sarcástico. – engraçado, o Felipe ainda não chegou pai.
- ele ligou, disse que não vai hoje.

- por quê?
- disse que ta com problemas lá, mas disse que mais tarde vem aqui.
- tudo bem.
Meu pai me deixou na escola e eu fui direto pra sala. Lá estava apenas o Jefferson do nosso grupinho. Ficamos bastante tempo conversando e ali fui tendo uma conversa diferente com ele, como se eu estivesse conhecendo ele um pouco mais. Ele me contava sobre a vida dele, e me confessou que o namoro dele com a Carol já não estava mais legal, que ultimamente os dois brigavam muito. Momentos depois o Raffa chega junto com o professor. Muita gente faltou naquele dia, e eu não sabia o por que. Podia ser apenas coincidência. Passamos a aula inteira conversando, nós três. Naquele dia senti que a amizade entre nós três tivesse aumentado mais, devia ser por que com apenas os dois ali, eu não precisava esconder nada.
No final da aula, despedi dos dois e fui ate o portão para ir pra casa, quando avistei o carro do meu pai no outro lado da rua. Ele me levou ate em casa, mas não desceu do carro, pois estava atrasado pro serviço. Desci do carro e toquei o interfone e para a minha surpresa, foi o Thiago quem abriu o portão pra mim.

- pode entrar senhor. – disse Thiago fazendo uma reverencia.
- Thiago?! Para com isso bobo. Tudo bom?
- tudo e com você?
- também, só estou faminto.
- entra ai e fica a vontade.
Ri muito com o jeito dele bancando o anfitrião da casa.
No almoço, notei que o Thiago não parava de me olhar como no outro dia. Lembrei que fiquei de tirar satisfação com ele e decidi que daquele dia não passava. Ao terminar de almoçar, eu e ele fomos pra varanda. Enquanto eu me deitava na rede, ele sentava numa cadeira de fio.

- Thiago, por que você me olha de um jeito diferente?
- diferente como?
- não se faz de bobo, você sabe do que eu to falando.
- eu apenas sou observador. Isso te incomoda?
- não, apenas curiosidade

Ficamos um tempo ali, mas depois dessa conversa, senti que ele ficou mais quieto, como se pensasse em algo e eu resolvi não atrapalhar, apenas fiquei deitado na minha rede até que o sono me pegou e eu não resisti. Dormi ali mesmo. Depois de algumas horas, acordei com a minha rede balançando, com alguém tentando me acordar. Ao abrir meus olhos, e vejo o Felipe na minha frente com os olhos cheios de lagrimas.
- Thalles, eu não agüento mais.
- o que foi?
- queria conversar a sós.
- vamos lá pro quarto. - Deixamos o Thiago dormindo na cadeira de fio e subimos até o meu quarto.
Lá o Felipe sentou-se na minha cama e começou a chorar mais ainda e a desabafar.
- não agüento mais amor.
- o que aconteceu?
- meu irmão, ele ta passando dos limites, eu to ficando louco. Não agüento mais ficar perto dele.
- se acalma amor. Respira um pouco e me diz, o que aconteceu?
Esperei ele se acalmar um pouco. E logo ele começou a me explicar.

- ontem, enquanto estávamos no shopping, meu irmão recebeu uns amigos em casa. Depois eles resolveram assistir o jogo num barzinho e pegaram o carro da minha mãe e foram. Beberam todas lá no barzinho e na volta, enquanto tiravam o carro do estacionamento, o amigo dele que tava dirigindo, deu ré demais e acertou a traseira do carro numa arvore. Estragou a traseira do carro toda.
- nossa amor, seu irmão ta fudido. Sua mãe vai matar ele.
- não amor, quem está sou eu.
- mas por que Lipe?
- por que meu irmão quer que eu assuma a culpa.
- mas você não pode fazer isso.
- não tenho escolha Thalles. Ele ameaçou contar pra mãe sobre o nosso namoro se eu não assumir a culpa da batida. Por que você acha que eu to desesperado? Minha mãe chega no sábado e eu não sei como eu vou fazer.
- que desgraça o seu irmão. Que ódio.
- como que eu vou assumir essa culpa amor?
- eu não sei. Mas vamos dar um jeito.
Ficamos ali um tempo e resolvemos descer e comer alguma coisa. Enquanto conversávamos, eu tive uma idéia.
- Lipe, já sei como dizer pra sua mãe.

- como Thalles?
- tem uma arvore quase em frente a sua garagem não é?
- tem sim.
- pronto, vamos dizer que você teve que tirar o carro da garagem pra lavar ela e enquanto tirava o carro, seu pé enroscou no acelerador e você acabou batendo o carro na arvore. Depois você pega uns cacos do carro e joga lá perto da arvore pra disfarçar.
- Nossa Thalles, que mente hein. Você costuma a aprontar direto pra ter umas idéias assim?
- às vezes, sabe como é né, anos de experiência. Mas se não gostou da idéia...
- adorei. Amor, mudando de assunto, aquele que tava na área é o filho da Maria?
- é sim.
-você não me disse que ele era bonito e da nossa idade.
- ta interessado nele Lipe?
- não, to com ciúmes mesmo. Não gosto de você perto desses caras, ainda mais sem camisa igual ele estava.
Não agüentei e comecei a gargalhar.
- não sei do que você está rindo, eu estou cuidando do que é meu.
- pode ir parando com esses ciúmes, você sabe que eu tenho olhos só pra você. Eu te amo carinha. Amo só você. Chega de ciúmes.

As quatro da tarde, a Maria e o Thiago foram embora e eu e o Felipe ficamos na sala assistindo o filme que passava na sessão da tarde. Pouco tempo depois o Felipe, foi pra casa, meu pai chegou, jantamos e eu fui pro meu quarto. Deitei e comecei a lembrar sobre as ameaças do Lucas e o que ele tava fazendo com o Felipe. Tentei refletir um pouco também sobre o que tava acontecendo comigo. Desde que comecei a namorar com o Felipe, não parei pra pensar como estava sendo a minha vida nessa nova fase. No momento o que eu mais queria era conhecer pessoas que estavam na mesma situação que eu, trocar idéias ou experiências. Como estava sem sono, resolvi entrar no Orkut e escutar um pouco de musica. Olhando o Orkut de alguns amigos, vi que um deles tinha entrado em uma comunidade chamada – O PRIMO DO LIPPE. Por curiosidade entrei e li a descrição da comunidade, percebi que se tratava de um romance homossexual. Como não queria que ninguém soubesse disso, criei o meu perfil fake com o nome Lipe, em homenagem ao meu namorado claro, e adicionei a comunidade. Comecei a ler o romance e não acreditava no que eu tava vendo. O conto é incrível. Passei a madrugada toda lendo e não queria parar mais. Adicionei o autor e alguns moders e fiquei rezando para que eles me adicionam-se. Queria muito ser amigos deles. Mandei o convite no Orkut e olhei para o relógio. Já era 05:30 da manhã. Desliguei o PC a muito custo, pois eu ainda não tinha terminado de ler aquela historia maravilhosa. Mas quando eu voltasse do colégio eu terminava de ler.




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