No lado de fora o clima ainda estava tenso, a Isah ainda estava muito alterada querendo brigar com a Amanda, já o Vinicius demonstrava cada vez mais que estava sem paciência e pronto pra fazer uma besteira.

- sua vadia, vai dar em cima do namorado dos outros, do meu não. - gritava Isah.

- se enxerga garota, eu tenho namorado, não preciso roubar o seu. - Amanda revidava.

- vou acabar com você - Isah ainda se alterava

- CALA A BOCA ISABELA. - ordenou Vinicius.

- como é? - Isabela perguntou indignada

- to mandando você calar a boca, ta falando demais já.

- vai defender a amiguinha agora é?

- não to defendendo ninguém, só to mandando você parar com esse barraco. Não percebe o papelão que você ta fazendo sem necessidade.

- papelão, Vini? Você ta dando em cima.

- CHEGA ISABELA, PRA MIM JA CHEGA. To indo embora, faz o favor de não me procurar mais.

Vinicius ia se afastando para ir ao ponto de taxi quando a Isah se jogou pra cima dele.

- Não vai amor, por favor. - dizia Isah chorando

Em um movimento inesperado, Vinicius joga Isah no chão.

- já disse chega. To indo embora.

Vinicius antes de sair, ainda volta em direção onde estava a Amanda e o namorado Douglas.

- Amanda, desculpa pelo o que aconteceu hoje. Sei que deve estar muito brava pelo o que aconteceu e não tiro a sua razão, só te peço desculpas. A você também Douglas.

- Tudo bem Vini,  entendemos que a culpa não é a sua. A gente entende né Douglas? - disse Amanda.

- opa, claro! Fica assim não cara, essas coisas acontecem.

- foi bom rever você Amanda e bom te conhecer Douglas. Agora deixa eu ir, antes que aconteça algo a mais.

Naquele momento apenas pedi para o Jefferson tomar conta da Isah e eu, o Felipe e o Raffa acompanhamos o Vinicius até o ponto de taxi. No mesmo momento, a Amanda e o Douglas ja foram em direção aonde estava estacionado a moto deles. Deixamos o resto do pessoal lá na frente da boate ainda e fomos embora.

Após deixar Vinicius e o Raffa na casa deles, o taxi deixou-me na minha casa e foi rumo a casa do Felipe. Após entrar em casa, fui para o meu quarto, como eu estava sem sono, liguei o PC, coloquei umas musicas e entrei no MSN. Aquele dia ninguém estava online, decidi então entrar no meu Orkut fake e visitar a comu do Lippe. Lá tinha varias outras comunidades relacionadas, como a mudança da minha vida, o filho da patroa, o filho do amigo do meu pai e tarde de verão. Todos esses contos pareciam muito bons e certamente me ajudaria nas minhas duvidas, então comecei a ler um deles. Já estava quase amanhecendo, quando resolvi ir dormir.

Acordei era quase uma hora da tarde, o dia estava lindo, calor e sol. Levantei-me e fui tomar meu banho. Após me vestir com uma bermuda e uma camiseta regata, desci para tomar café. Chegando à cozinha, vi minha mãe e a Laura preparando o almoço. Cumprimentei-as, fui ate a geladeira, peguei um copo de suco de morango e depois fui até a área de lazer, onde estava meu pai assando carne e o Felipe conversando com ele. Na piscina estava o Lucas, que quando me viu, pela primeira vez soltou um sorriso largo, mas como se estivesse caindo a ficha ele fechou a cara novamente e resolveu mergulhar.

- Bom dia rapaz, isso são horas de acordar? Ainda mais com visita em casa.

- ah pai, hoje é domingo, e as visitas já são praticamente de casa.

Após cumprimentar Felipe com um aperto de mão, fiquei ali conversando com ele e meu pai. Nessa conversa, notei que aos poucos o Felipe e o meu pai estavam criando uma grande amizade, os dois pareciam se entender. O difícil é saber se essa amizade iria durar quando meu pai descobrir que aquele garoto está namorando o único filho dele. Quando meu pai se afastou, Felipe me contou a novidade.

- Thalles, você vai pra Bonito com a gente.

- você amansou a fera ali? – disse meio espantado

- eu não, a minha mãe. Na verdade ela vai pra jardim, que é pertinho de bonito, na casa da minha tia. Ela nos leva até Bonito, nos deixa lá e depois vai com o Lucas até Jardim.

- legal, ai meu pai aceitou.

- sim, mas tem um porém, não vai da pro Thiago ir. O carro já vai lotado.

- vou conversar com ele, mas não vai ser legal, né?

- para de se preocupar com esse cara, Thalles. Não da pra perceber que eu tenho ciúmes dele?

- para com isso, Lipe, já te falei que não precisa ter ciúmes dele. É você que eu amo, é você que eu quero amor.

- tá eu vou tentar. Me desculpa, amor.

- que lindo o casalzinho, da ate vontade de vomitar. – disse Lucas enchendo o saco se aproximando da gente pra pegar a toalha dele.

- cala boca guri, ninguém aqui ta falando com você. - ordenou Felipe

- os dois podiam virar homem e parar com essa sem vergonhice aqui.

- por que você enche tanto o saco Lucas? - perguntei

- Por que odeio Gays. 

- e por que você odeia tanto gays? - insisti na pergunta

Lucas apenas balançou a cabeça negativamente e foi deitar-se em uma espreguiçadeira. Embora estivesse com muita raiva do Lucas, quando vi ele deitado, pude notar que ele tem um corpo muito lindo, malhadinho e sarado. Eu não acredito que tava com tezão vendo o Lucas. espantei o pensamento e continuei conversando com o Felipe.

Perto das duas e meia da tarde, o almoço já estava pronto, nos reunimos a mesa e começamos a nos servir. Como era obvio, sentei-me ao lado do Felipe, e o Lucas o almoço inteiro evitava olhar para onde estávamos, olhando mais para a mãe dele.

Após o almoço, nós fomos para a sala assistir ao jogo. O jogo do momento era Palmeira X Corinthians. Meu pai e o Felipe são corinthianos e eu palmeirense, então dava pra imaginar a situação naquela sala. Embora não gosto muito de futebol, aquele dia resolvi entrar no clima e torcer pro meu time. As mulheres estavam na área da frente conversando, a Laura fazendo uns bordados de pano de prato ( seu hobby preferido) e minha mãe fazendo umas lembrançinhas de aniversario de uma menina. O Lucas gostava de Futebol, mas ali, na sala conosco ele não estava muito a vontade, pois além de não gostar da minha presença em qualquer lugar, ainda não passava o jogo do seu time, o São Paulo.

  Após o termino do jogo mais chato da história, zero a zero pra cada time, eu, o Felipe e o Lucas voltamos para a piscina. Lá eu e o Lipe começamos a conversar e o Lucas ficava quieto no canto dele, depois de um tempo, eu e o Felipe resolvemos jogar vôlei. Começamos a jogar e o Lucas ficava nos observando o tempo todo, do canto da piscina.

- Lucas, quer jogar com a gente? - perguntei

- Não.

- Vem, mano, ta legal, vai ficar ai parado? - Felipe insistiu.

- não to afim.

- Lucas, para de ser marrento. Pelo menos, por um pouco, esquece essa raiva e vem se divertir com a gente. Ta legal o jogo aqui, chega mais perto e vamos jogar.

Por um tempo Lucas ficou calado e aquele silêncio tomou conta, eu e o Felipe ficamos olhando para ele esperando uma resposta.

- vem mano, vamos só jogar.

- tá bom.

Ficamos um pouco ali jogando até meu pai aparecer. Ele entrou na piscina e então resolvemos armar a rede. Resolvemos formar as duplas, meu pai como já estava mais apegado ao Felipe, logo já chamou ele pra formar dupla e deixou eu e o Lucas como a outra dupla. Por um momento o Lucas fez uma cara feia, mas depois de alguns minutos jogando, ate esqueceu a birra dele e começou a se divertir conosco. Era legal vê-lo divertir, ficar todo sorridente e por incrível que pareça, até me ajudava. A cada ponto marcado ele vinha até a mim, me cumprimentava batendo na minha mão. No começo até achei estranho, até cogitei a ideia de ele ter tomado as cervejas do meu pai e ficado bêbado pra ta legal comigo, mas resolvi aproveitar a mudança repentina e entrar na brincadeira. A nossa dupla tava até melhor q a do meu pai e o Felipe, resultado até ganhamos. Já estava escuro quando paramos o jogo. Meu pai foi para dentro tomar banho, o Lucas resolveu se trocar e assistir ao Pânico na TV. Eu e o Felipe continuamos na piscina por um tempo, depois de mais alguns minutos, saímos também, vestimos apenas uma bermuda e fomos lá pra frente da casa, sentamos no meio fio e ficamos jogando conversa fora.

- o que foi aquilo na piscina? - perguntou Felipe

- o Lucas?

- sim.

- Sei não Lipe, mas resolvi não questionar e deixar ele a vontade.

- será que ele finalmente mudou? Resolveu ficar legal?

- sei lá, tem certeza que ele não tava bêbado?

Caímos na risada e começamos a conversar sobre o colégio.

- Lipe, por que seu irmão não estuda no mesmo colégio que a gente?

- minha mãe tentou vaga, mas não conseguiu. Conseguiu só pra mim.

- E como ele vai pro colégio?

- Às vezes minha mãe leva, às vezes ele vai de Van. Esses dias minha mãe tava reclamando que tava pagando muito caro pra essa van e tava pensando em levar e buscar ele todo dia, afinal o colégio dele fica no mesmo caminho da loja. Mas assim que der, ela muda o Lucas pro nosso colégio.

- será que vai ser legal ele ta estudando lá? Ele vai ficar muito no nosso pé

Antes de o Felipe me responder, notamos que uma moto se aproximava e parou em frente a nós, ao tirar o capacete percebi que era o Thiago.

- Oi, Thalles, tudo bom?

- Oi, Thiago, tudo ótimo e você?

- estou bem também.

- lembra do Felipe?

- lembro sim. Tudo bom cara?

 Felipe apenas acenou com a cabeça enquanto estendia a mão para cumprimentá-lo.

- o que faz por aqui perdido?

- to indo pra casa da minha namorada que é aqui perto, ai notei que vocês estavam aqui na frente e resolvi parar pra conversar um pouco. E a viagem? Ta de pé?

- então, amigo, é que meu pai não emprestou o carro e nem deixou você ir dirigindo. Sabe como é, não tem confiança por você ser novo. Ai nós vamos de carona com a mãe do Lipe e o carro vai meio lotado. – naquele momento eu não sabia onde enfiar a minha cara, a vergonha que eu tava era grande.

- eu entendo, que chato né. - disse Thiago meio desanimado

- Pois é. - disse mais sem graça ainda.

- Bem, eu posso ir com a minha moto, isso é, se vocês deixarem eu ficar lá com vocês.

Olhei para o Felipe buscando aprovação, para a minha surpresa foi ele quem deu a resposta.

- beleza cara, pode sim. Na quinta a gente se vê.

- nos encontramos na onde?

- eu te ligo pra te avisar, Thiago. – disse a ele.

 - Beleza então. Como foi o domingo de vocês?

Nesse momento o celular do Thiago toca e ele atende. Era evidente que era a namorada dele ligando para saber onde ele estava, depois de uns minutos no celular, ele desliga.

- desculpa gente, mas tenho que ir, dona encrenca ligando.

Então nos despedimos do Thiago e ele foi embora.

- o que foi isso, Lipe?

- isso o que?

Apenas olhei sério para ele, ele já tinha percebido o recado.

- eu só quero acabar com esse clima chato e esses ciúmes. Por você. E eu também não queria te deixar numa saia justa.

Sorri para ele e o arrastei até um canto escuro e dei um longo beijo nele. Depois fomos para dentro de casa para jantar. No jantar o Lucas já estava animado, legal, comentando sobre o jogo e tals, nesse momento eu realmente achei que ele tinha mudado. Após o jantar, o Felipe, a Laura e o Lucas foram pra casa deles. Antes de ir embora o Lucas ainda me cumprimentou com um aperto de mão e um sorrisinho lindo. Depois disso, fui para o meu quarto e fui dormir.

Na segunda de manhã o Felipe já estava em casa, tomei meu café e o meu pai foi levar a gente pro colégio como sempre, a rotina dos nossos dias de segunda a sexta.

No colégio tudo estava normal, fora a nossa empolgação pra chegar logo o final de semana da nossa viagem e é claro, o clima chato entre a Isah e o Vini. Vinicius comentava comigo, o Felipe e o Jefferson que estavam sem falar com a Isah desde aquela noite e que pra ele o namoro tinha acabado. Não sei como se sentia a Isabela, mas pela a aparência dela, dava pra notar que ela estava muito arrependida, pois não parava de olhar para o Vinicius com aquele olhar de clemência, com aquele olhar de “volta pra mim, por favor”, um olhar que mostrava que os olhos dela já não aguentava mais chorar pela falta do seu grande amor.

Esse clima chato se estendeu até na hora do intervalo. Quando chegou o intervalo, o Vinicius chamou a Isabela para uma conversa séria. Sua intenção era terminar com ela, já que ele tinha nos avisado antes que ia fazer isso. Nesse dia, ficamos na sala decidindo como seria a viagem, se realmente iria ter ela, depois da briga do casal. Decidimos que eles brigados ou não, iríamos do mesmo jeito.

Após o intervalo, Vinicius e a Isabela voltaram pra sala de mãos dadas, sinal que a situação entre eles já tinham se resolvido, e da melhor forma possível.

- está tudo resolvido, então? - perguntei ao Vini

- sim esta. Ela disse que ta muito arrependida e me prometeu que não faria mais isso.

- que bom que vocês estão de boas. - disse Jefferson

- Muito cedo pra dizer que tá de boas, mas resolvi dar mais uma chance e ver o que vai acontecer. Vou ali beber água.

- espera, vou contigo. - disse ao Vinicius. - no caminho resolvi puxar assunto com ele. - Vini, parece que você não tá animado com a volta.

- to sim Thalles, eu gosto da Isah, mas aconteceu outra coisa.

- o que?

- Eu gostava da Amanda quando estudávamos juntos, mas nunca rolou nada entre a gente além da amizade. Ao vê-la sábado, lembrei desse sentimento e confesso que fiquei um pouco balançado.

- cara, você ta pensando em tentar algo com ela.

- não cara. Não posso fazer isso com a Isah e além do mais, ela também ta namorando e o namorado dela parece ser uma pessoa muito legal.

- então o que pretende fazer?

- o mesmo que eu to fazendo até hoje. Esquecer ela e me acertar com a Isah. Vamos pra sala que o professor já ta lá na porta.

- Vamos.

As últimas aulas foram chatas, na metade da ultima aula, a professora de biologia aparece na nossa sala pra dar o recado. Como as aulas dela são sempre as quintas e sextas, e naquela semana não teria aula dela, ela pediu que formássemos trios e fizéssemos um trabalho para entregar a ela, valendo nota e como se fosse aula dada. Combinamos então de fazer eu, o Felipe e o Raffa, na casa do Felipe naquela tarde mesmo, para ficarmos livres pra fazer os preparativos da viagem.

A aula acabou, minha mãe foi buscar eu e o Felipe no colégio. Deixamos o Felipe na casa dele e combinei com ele de estar lá as duas da tarde. Almocei normal e resolvi dormir um pouco. Acordei faltando quinze minutos para as duas. Então fui tomar um banho, coloquei apenas a cueca, uma bermuda xadrez e uma camisa azul clara. Arrumei o cabelo, coloquei o chinelo e fui para a casa do Felipe. No caminho passei antes no mercado, comprei uma caixa de chocolate Lacta e topei com Amanda nesse supermercado.

- Oi Thalles, tudo bom? lembra de mim?

- claro, Amanda, você acha que eu ia esquecer uma garota tão bonita assim.

- obrigada, gatinho.

- ta trabalhando aqui?

- sim, eu trabalho pela Claro, né. Então cada dia eu to num lugar diferente pra fazer as vendas, ai hoje eu to aqui, amanhã tenho que ir no shopping. Geralmente o pessoal me manda mais pra lá.

- entendi. Vendendo muito?

- um pouco. E você, o que ta fazendo?

- dei uma passada rápida aqui só pra comprar chocolate. To indo na casa do Felipe, vamos fazer um trabalho. O Raffa vai também.

- Thalles, e o Vini e a namorada dele?

- agora estão bem, mas só voltaram a se falar hoje de manhã.

- ainda bem, eu não queria ser motivo da separação dos dois.

- você sabe né, Amanda, que você não tem culpa de nada. Vocês são só amigos.

- eu sei, mas mesmo assim fico mal com isso.

- sei como é. Bem, deixa eu ir se não o povo fica me enchendo o saco porque chego atrasado.

- Vai lá garoto, foi bom te ver.

- foi bom te ver também. Boas vendas ai.

- Obrigada.

Deixei a Amanda lá e fui para a casa do Felipe. Chegando lá, toquei a campainha e foi o Lucas que foi me atender.

- Oi, Lucas. - eu disse todo sorridente.

- Ah, é você. - disse ele friamente.

- Tudo bem? - estranhei um pouco, mas tentei ainda puxar conversa.

- na boa, não me enche, viadinho escroto. Os dois tão lá na sala, agora sai da minha frente que eu preciso sair.

Quando Lucas ia saindo o chamei ainda.

- Lucas.

- o que você quer?

- por que você ta assim cara? Achei que tava tudo bem entre a gente.

- Fala sério Thalles, você acha mesmo que só por que nos divertimos um pouco ontem, que hoje eu vou virar seu amiguinho? Acha mesmo que eu ainda não vou condenar essa falta de vergonha e respeito entre você e meu irmão. Se enxerga. Vai da o rabo e me esquece.

Após ele dizer isso foi embora e eu fiquei parado, estático, não acreditando no que eu ouvi, não acreditando mais ainda que eu pensei que o Lucas poderia ter mudado. Depois de ter passado o choque da resposta do Lucas, entrei na sala da casa e encontrei o Felipe e o Raffa.

Após ele dizer isso foi embora e eu fiquei parado, estatico, não acreditando no que eu ouvi, não acreditando mais ainda que eu pensei que o Lucas poderia ter mudado. Depois de ter passado o choque da resposta do Lucas, entrei na sala da casa e encontrei o Felipe e o Raffa.

- Oi amor, tudo bem? - perguntou Felipe

- tudo sim.

- você ta estranho. - insistiu ele

- encontrei com o seu irmão no portão.

- sim, ele disse que ia na casa de um amigo. 

- ele me disse também.

- então, senta aqui amor. Acredita que ele ta super legal comigo. Acho que você estava certo em chamar ele pra jogar ontem, acho que aquilo amoleceu o coração dele.

- ele ta normal contigo Lipe?

- ta sim, igual antes de ele descobrir sobre a gente.

- Lipe, cade seu livro de biologia? - perguntou Raffa.

- Ta la em cima.

- pega lá pra mim, por favor.

- ta, pera ai. Thalles, coloca a mochila ai no sofá mesmo. já volto.

Depois do Felipe subir as escadas, Raffael me olhou e lançou a pergunta:

- Lucas te falou alguma coisa lá fora né?

- me disse que não é pelo fato de nos ter dado bem ontem que seriamos amigos e que ele não aprova o meu namoro com o Felipe. Ainda continua me chamando de viadinho escroto.

- que guri desgraçado. O viado tava aqui dizendo pra mim e pro Lipe que poderia até se acostumar com vocês dois namorando, por que ele ama o irmão e te achou uma pessoa legal.

- ele disse isso?

- sim, precisava ver como ele falava, como se aquilo para ele fosse algo adoravel pra ele. Bem que eu tava desconfiando dessa boa simpatia dele. A hora que o Lipe chegar aqui, você conta pra ele.

- melhor não. Se os dois estão se dando bem, deixa assim ficar.

- ta louco, deixar o Lipe viver nessa mentira.

- então deixa eu contar no momento certo.

- contar o que gente? - Felipe perguntava todo curioso enquanto descia as escadas.

- fala Thalles. - incentivou Raffa

- o que Thalles? - Felipe perguntava já desconfiado.

- seu irmão.

- o que tem ele?

- ele não mudou.

- como assim?

- lá fora ele me disse que não é pelo fato de nos ter dado bem ontem que seriamos amigos e que ele não aprova o meu namoro com o você.

- mas aqui dentro ele me disse ao contrario.

- mas foi o que ele me disse lá fora Lipe.

- tem certeza que você não ouviu errado? - disse Felipe ainda tentando se agarrar a um pequeno fio de esperança de que o irmão tenha mudado.

- eu sei o que eu ouvi lá fora Lipe.

- Thalles, você pode ter entendido errado.

- Lipe, eu concordo com o Thalles, essa mudança do seu irmão tava estranha demais pra ser verdade. - disse Raffa tentando fazer o Felipe enxergar a realidade.

- Meu irmão pode até ter feito coisas erradas, mas ele não mentiria pra mim. Ele mudou.

- você ta querendo dizer que eu to mentindo pra você Lipe. - disse já me irritando.

- não to falando isso Thalles, só to dizendo que você não quer acreditar que meu irmão tenha mudado e por isso pode ter entendido errado alguma coisa que ele disse, só isso.

- só isso? Você ainda diz só isso? Será que você não enxerga que seu irmão ta te enganando? Você esqueceu as ameaças e chantagens que ele fez contigo?

- Não esqueci, mas meu irmão não me enganaria assim. Ele mudou. Para de birra e veja que ele mudou, para de agir como uma criança e perdoa ele.

- perdoaria se ele merecesse. Agora deixa eu ir, a criança mentirosa, injusta e birrenta não tem mais nada pra fazer aqui mesmo né Felipe. - peguei minha mochila e já fui abrindo a porta.

- Thalles, e o trabalho mano? - perguntava Raffa.

- eu faço sozinho. - disse a ele, fechei a porta e sai da casa do Felipe. Ao passar pelo portão, vi que o Lucas dobrava a esquina e vinha pra casa, nesse momento fiz questão de esperar.

- Já ta indo viadinho escroto? - disse ele chegando perto de mim.

- você é um filho da puta. desgraçado.

- o que é isso? - disse Lucas assustado.

- conseguiu o que queria né?

- não sei do que você ta falando.

- isso ainda vai ter volta Lucas.

Deixei ele com aquele sorriso cinico no rosto e fui para a minha casa. Chegando lá, apenas subi para o meu quarto, liguei meu PC, deitei na cama e comecei a chorar.

Depois de um tempo chorando, levantei, tomei um banho e fui para o computador. Confesso que tentei fazer o meu trabalho, mas no momento eu não tinha cabeça para aquilo. Abri a pasta de minhas imagens e comecei a ver a fotos do carnaval na casa do Raffa, e via eu e o Lipe juntos. Um aperto batia no peito, uma saudade, mas uma raiva também tomava conta de mim quando lembrava dele defendendo o irmão e me chamando de criança. Fechei a pasta e coloquei outras musicas e deitei-me na cama e fiquei pensando na vida. Tempo depois ouço alguém batendo na porta do meu quarto.

- Abre Thalles, eu sei que você ta ai.

- o que você quer aqui Felipe?

- conversar contigo né.

- Achei que você não gostava de conversar com uma criança mentirosa e injusta.

- Percebi que eu fui injusto com você. Por favor, abre essa porta.

Levantei e fui abrir a porta. Destranquei ela e fiquei parado, olhando para ele ate que resolvi falar.

- percebeu que foi injusto?

- sim.

- como?

- Falei coisas pra você que não devia, eu tava de cabeça quente. Mas me arrependi.

- que bom pra você né. tchau.

- espera Thalles, poxa. To aqui pra te pedir perdão. - Felipe ja me tirava de frente da porta e entrava no quarto e eu apenas o segui.

- e será sempre assim Felipe? Alguém te diz algo e você vai preferir acreditar nessa pessoa do que em mim?

Diante dessa resposta, Felipe ficou um pouco calado e antes que ele pudesse responder, ouço passos no corredor, era o Thiago, que já ia me perguntando algo enquanto entrava no quarto.

- Thalles, vim buscar a minha mãe e resolvi te perguntar como a gente... Opa, desculpa, não sabia que você tava com companhia.

- Tudo bem Thiago. Pode entrar.

- não, eu volto outra hora, parece que vocês estão ocupados.

- Não, pode dizer o que era.

- só queria conversar sobre a viagem de quinta, mas deixo pra uma outra hora.

- pode ser entao, é que estamos em um assunto muito serio aqui.

- tudo bem. Tchau pra vocês.

Thiago saiu do quarto e foi embora, Felipe por sua vez já me encarava com aquele olhar todo enciumado.

- Agora é isso? Esse cara ta frequentando seu quarto direto.

- ta querendo insinuar o que Felipe?

- nada não, só não gosto da liberdade que esse cara tem na sua casa.

- a casa é de quem Felipe?

- entendi, vai defender agora é?

- você sabe muito bem que eu não trato ele como o filho da empregada e sim meu amigo.

- entendo.

- além do mais você ainda não respondeu a minha pergunta.

- que pergunta?

- não se faça de besta.

- Poxa Thalles, claro que sempre acreditarei em você, é que ele é meu irmão, minha familia cara, entenda, nos davamos tão bem, aconteceu aquelas coisas depois que descobriu minha sexualidade e eu sei que ele fez coisas erradas, mas da pra ver que ele ta tentando se redimir conosco, ele só fez aquilo por causa do choque. Eu sei Thalles que ele mudou, eu sinto isso.

Depois dessas palavras, eu apenas fiquei em silencio. Eu sabia que o Lucas não tinha mudado, que ele tava enganando o Felipe e eu que estava passando por errado nessa história. Eu entendia a cabeça do Felipe, realmente ele amava o irmão e sempre acreditaria em qualquer bobagem que ele dissesse, afinal, irmão é irmão, mesmo sangue. Decidi que não seria desmentindo o Lucas dessa forma que eu iria ganhar essa batalha, então resolvi entrar no jogo dele.

- acho que você tem razão Lipe, talvez eu tenha entendido errado. Mas não gostei do que você me disse.

- eu sei, realmente fui um otario e sem noção. vai me perdoar?

- não sei se devo. Você acha que eu deveria fazer isso?

- isso responde a sua pergunta?

Felipe começou a me beijar. Sua mão na minha nuca e seus lábios colados no meu mostrava que eu deveria perdoá-lo.

- Por favor, Lipe, não faça mais isso que você fez hoje. Te amo muito e não quero te perder por coisas banais como isso que aconteceu. Suas palavras me machucarão muito.

- Tudo bem amor.

Ficamos mais um tempo ali nos beijando. Deitamos na cama e ficamos os dois ali, abraçados, escutando musicas e vendo o tempo passar. Estar ali abraçado com o Felipe me dava um certo conforto, um bem estar sem igual.

- amor, quer brincar hoje? - me perguntava Felipe com uma carinha safada.

- não sei se devo, né?

- deixa eu te mostrar que deve.

Felipe apenas desabotoou minha bermuda e tirou meu pau pra fora que estava um pouco mole ainda.

- hoje vou te fazer uma massagem gostosa, meu amor.

Felipe começou a massagear meu pau que em poucos segundos já dava sinal de vida. No começo ele batia uma punheta de leve, parava para acariciar minhas bolas e depois voltava a bater uma punheta fraca e devagar pra mim, apenas curtindo o momento. A sua outra mão acariciava meu abdomen, peitoral, ora segurava meu rosto enquanto me beijava. Depois de um momento ali, meu tesão começou a falar mais alto e o Felipe percebeu que eu já estava prestes a gozar, por isso começou a aumentar a velocidade da punheta e em poucos minutos eu já estava gozando na mão dele. Ele apenas se levantou, foi até o banheiro, lavou a sua mão e voltou a deitar do meu lado.

- Gostou amor?

 - sim, muito amor. Agora minha vez de te dar um trato não acha?

- sou todo seu...

Tirei a bermuda do Felipe e coloquei seu pau pra fora que já estava duro feito pedra. Comecei a bater uma punheta pra ele e quando resolvi fazer uma oral nele, escuto minha mãe abrindo o portão de casa.

- é cowboy, brincadeira cancelada.

- poxa Thalles, como seus pais gostam de chegar bem nessas horas que estamos mais nos divertindo.

- vai lá e reclama com eles. Minha acabou de chegar mesmo.

- poxa, isso é horas da dona Cecília chegar?

- verdade, que horas é agora?

- Thalles, já é quase 8 da noite.

- nossa, como o tempo passa rápido quando estamos nos divertindo.

Descemos para encontrar com a minha mãe, a encontramos na cozinha com a nossa janta já.

- opa, temos pizza hoje. - brinquei com a minha mãe.

- cheguei muito cansada pra fazer janta. Oi meus amores, como vocês estão? - perguntou minha mãe dando um beijinho no meu rosto e no do Felipe.

- bem mãe. deixa aí e vai tomar um banho que nós arrumamos aqui. Cadê o pai?

- chega só depois das 10. Tem reunião hoje. Vou pro banho e ja desço pra gente jantar. Não comam nada até eu voltar.

- tudo bem mãe.  disse já com uma mão em cima de uma fatia.

- eu to falando serio, Thalles.

- gente, eu to indo. - disse Felipe.

- Não vai não, mocinho, vai comer aqui com a gente. já eu volto, amores. - disse minha mãe.

Minha mãe foi para o quarto dela e foi pro banho. Eu e o Felipe ficamos na sala assistindo um filme que passava no Telecine enquanto esperávamos a minha mãe. Poucos minutos depois ela desce, fomos para a cozinha, jantamos a nossa pizza e depois o Felipe foi embora. Fiquei na sala, terminei de assistir o filme que estávamos vendo e depois emendei mais dois. Já era quase uma da manhã quando fui para o meu quarto e deitei para dormir.

Na Terça tudo ocorreu normal tanto na escola, como em casa e no namoro. Na quarta o dia passou muito rápido, afinal era o dia que antecedia a tão esperada viagem. A correria era muito grande, o povo naquele dia estava alvoroçado. À noite, terminamos de acertar os detalhes e depois da janta eu fui para o meu quarto. A ansiedade era grande que eu estava completamente sem sono. Liguei o PC, coloquei umas músicas novas e entrei no MSN. Nele encontrei o Caio Online.

Lipe Arezzo diz:

*Oie

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*oi

*blz?

Lipe Arezzo diz:

*Blz e vc?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*tudo otimo

*de onde?

Lipe Arezzo diz:

*Campo Grande - MS

*e vc?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*nossa

*legal

*só de Recife - pe

Lipe Arezzo diz:

*interessante

*vc tem qtos anos?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*tenho 21 e vc?

Lipe Arezzo diz:

*tenho 16 ^^

*eu te vi na comu primo do Lippe.

*legal o conto né?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*nossa novinho

*rsrsrs

*é otimo

*só moder de lá

*amo aquele conto

Lipe Arezzo diz:

*q legal

*eu add esses dias

*comecei a ler e me interessei

*faz tempo que você ta na comu?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*desde o começo

*conheci o lippe e viramos amigos

*tipo irmãos sabe

*rsrs

Lipe Arezzo diz:

*hehe

*legal

*obrigado por me add

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*que nada

*rsrs

Lipe Arezzo diz:

*queria muito ser amigo de vocês...

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*muito faccil de se resolver isso

*rsrsr

Lipe Arezzo diz:

*hehe

*Caio, posso fazer uma pergunta?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*claro que pode

*avontade

Lipe Arezzo diz:

*vc namora?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*não

*to livre ainda

*rsrsrs

Lipe Arezzo diz:

*hehe

*mas você já namorou outros rapazes também?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*sim

*acabeu de sair de um relacionamento

Lipe Arezzo diz:

*hum..

*é q..

*eu to namorando uma pessoa... :$

*e eu to com Medo.

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*pode fala

*que conversa sober algunha coisa?

Lipe Arezzo diz:

*como era a relação com seu namorado?

*vocês eram assumidos?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*a nossa relação no começo era otima

*eu não era assumido mais ele era

*era legal nosso namora

*mais depois de um tempo aconteceram varias coisas que não ressistiram ao amor

*ai terminei

Lipe Arezzo diz:

*entendo

*eu to namorando a um tempo também

*mas como é meu primeiro namoro com um homem

*eu tenho duvidas

*Medo de me assumir

*e to com Medo de outra coisa... :$

'ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*medo que vc vai ter que enfrenta

*eu tb tenho esse medo de mim assumir

*mais penso seriamente em conta tudo

*acho que contando tudo fica mais facil

Lipe Arezzo diz:

*será mesmo?

*migo

*eu to com Medo de outra coisa...

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*tipo oque?

Lipe Arezzo diz:

*ele quer transar comigo.

*e eu não sei se to preparado.

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*isso é complicadinho msm

*nem sei oque te dizer

*a unica coisa que sei e que se vc acha que deve

*vai em frente

*só toma os cuidados necessarios

*vcs namoram a quanto tenpo?

*tempo*

Lipe Arezzo diz:

*uns 2 meses

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*é ta um pouco cedo

*mais ia quem deve sabe é vcs

*se vc ama ele msm e se ta com vonntade

*pq não fazer

Lipe Arezzo diz:

*a gente vai fazer uma viagem nesse feriado de pascoa

*diz ele q ta preparando uma surpresa

*pra nossa primeira noite

*tenho Medo de na hora H, eu ficar nervoso e desistir e decepcionar ele

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*isso não vai acontecer se vc tiver preparado

*ele tb não pode te preciona

Lipe Arezzo diz:

*entendo.

*Migo, preciso ir dormir, amanhã acordo cedo pra viajar..

*gostei muito de te conhecer. vc é muito legal e simpatico

*podemos conversar denovo um dia desses?

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*claro

*to sempre online a atarde e a noite

*foi uma satisfação pra mim

*tenha bons sonhos e um otimo dia amanha

Lipe Arezzo diz:

*brigado amigo

*gostei muito de tc com vc

*Bjos

*até +

''ヽcαιισ Ŧεrrειrα  diz:

*vlw bjs

*ate mais

*tchau

Lipe Arezzo diz:

*xau



 

Após me despedir do Caio, fechei meu MSN e fui dormir.

Finalmente chegou o dia da viagem. Acordei, tomei meu banho e me arrumei. Peguei a minha mala e desci para tomar café e esperar a Laura, o Felipe e o Lucas. Minha mãe estava na cozinha terminando o café e meu pai ainda tava tomando banho.

- Suas coisas já estão prontas? - disse minha mãe.

- Bom dia pra senhora também, mãe. Ta pronto sim.

- olha o respeito, menino. Come alguma coisa que vai demorar pra vocês chegarem e não quero que você viaje com o estomago vazio.

- ah mãe, não to com muita fome.

- mas tem que comer.

- obedece a sua mãe. - disse meu pai entrando na cozinha.

- ta, pai. Não vai tomar café?

- não, vou mais cedo pra tentar sair meio dia.

- que horas vocês vão pra Dourados?

- se eu conseguir sair meio dia do serviço, saio daqui, no máximo, a uma da tarde.

- e vocês voltam no domingo mesmo?

- sim, vamos sair de lá cedo, quando vocês chegarem, já estaremos aqui.

- mãe, tem bolo?

- tem de chocolate na geladeira, pega lá.

- gente, eu to indo, e você Thalles, tenha juízo. Se eu souber que você andou aprontando nessa viagem, pode ter certeza que vai ser a última.

- fica tranquilo, pai. Vou me comportar, afinal, pretendo ter mais viagens dessas.

- assim espero. Abre o portão pra mim.

Fui abrir o portão e enquanto meu pai tirava o carro da garagem. A Laura ia chegando. De dentro do carro, meu pai conversava com a Laura.

- Cuida desse guri na viagem Laura, e, se ele aprontar, pode me falar que o cinto ta ali esperando ele.

- menos né, pai? - disse todo envergonhado.

- Não é menos não, você sabe que eu to falando sério. To indo, se cuida e, mais uma vez, juízo.



 

Cumprimentei a Laura com um beijo no rosto e cumprimentei o Felipe com um abraço super apertado. Pensei que o Lucas não me cumprimentaria, mas ele fez ao contrário, veio até a mim e me deu um abraço apertado, aproveitei o momento e cochichei no ouvido dele.

- Falso.

- é, eu sei. - disse ele ironicamente.

Entrando em casa, eu e o Felipe ficamos por ultimo.

- ta vendo que ele ta legal amor, até te abraçando ele tá.

- é, eu sei - disse revirando os olhos.

Encontramos minha mãe na cozinha e ficamos ali uns minutos, depois guardei minha mala no carro da Laura, despedimos da minha mãe e depois de uns 10 minutos de recomendações da minha mãe, sempre pedindo a mesma coisa, que eu tivesse cuidado e juízo. Saímos dali e fomos para a casa do Jefferson pra encontrar com o pessoal. Encontramo-nos na casa do Jefferson era quase sete da manhã. Queríamos sair cedo para aproveitar mais o dia. Eram 260 km de distancia de uma cidade a outra. Às sete e meia todos já estavam reunidos, combinamos tudo certinho para a viagem e às oito saímos da cidade. Ao meio dia e dez chegamos em frente a casa em que iríamos ficar.




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